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O Teu Parlamento |
Newsletter Nº19 Setembro 2016 |
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Arte |

Tomaz Borba Vieira é o autor de uma das tapeçarias que compõe o espólio artístico da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
Apesar de não ser a técnica habitual de Borba Vieira, esta peça de tapeçaria foi concebida especificamente para o edifício sede do Parlamento Açoriano aquando da sua inauguração, em 1990. Na carpete destacam-se os motivos e formas geométricas concêntricas, com molduras em vermelho vivo sobre os retângulos azuis.
Borba Vieira possui vastos trabalhos na área da pintura, desenho e gravura. As suas obras refletem a sua criatividade e a sua versatilidade. Contudo, é como pintor que Tomaz Borba Vieira se destaca no panorama regional e nacional.
Tomaz Borba Vieira nasceu na cidade de Ponta Delgada, em 1938. Estudou Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e na Academia de Belas Artes de Florença, bem como Pedagogia na Faculdade de Letras de Lisboa e Educação na Universidade de Boston. Em 2001, recebeu o diploma de Mérito Municipal em Ponta Delgada e, em 2006, recebeu o Mérito Municipal da Lagoa. Nesse mesmo ano, foi também agraciado com a Insígnia Autonómica de Reconhecimento pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. |
Evento |
A Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores evocou, no dia 4 de setembro, a abertura solene da primeira sessão pública da Assembleia Legislativa, que decorreu em 1976, na Sociedade Amor da Pátria – a primeira sede da Assembleia. O então Presidente da República, o General Ramalho Eanes, deslocou-se à cidade da Horta para presidir à Sessão Solene. Iniciava-se então uma nova página na história dos Açores, com a instituição de uma sociedade democrática, com autonomia política e com um parlamento próprio capaz de representar e dar voz ao povo açoriano.
Na sessão evocativa dos quarenta anos da Autonomia usaram da palavra os Líderes dos Grupos e Representações Parlamentares, o Senhor Presidente do Governo Regional, a Senhora Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores e o Senhor Presidente da Assembleia da República, que presidiu à Sessão Solene.
Na sua intervenção, a Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores enalteceu o caminho percorrido nestes quarenta anos, o qual, embora jovem, glorifica os movimentos autonomistas do século XIX, que antecederam o conceito de autonomia como expressão da democracia.
Ana Luís afirmou que é “por sabermos o que somos e como somos” que os Açorianos continuarão a trabalhar em prol da Autonomia dos Açores, honrando o legado deixado por aqueles que serviram a Região em nome da liberdade, da democracia e na defesa intransigente dos Açores, pois só assim se consegue construir um presente que honre as gerações futuras.
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Documento |
”Na Senda da Identidade Açoriana” é uma antologia de textos do jornal Correio dos Açores, publicada em 1995, com organização de Carlos Cordeiro. Este volume assume um caráter comemorativo uma vez que relembra dois marcos históricos para os Açores, nomeadamente, o 2 de março de 1895 e o 1 de maio de 1920. Esta antologia insere-se nas comemorações do 75º aniversário do jornal Correio dos Açores e retrata o seu papel na dinamização da açorianidade política e cultural.
Segundo Carlos Cordeiro, na nota introdutória, “este conjunto de textos será mais um contributo, mesmo que modesto, para a aprofundada reflexão que a realidade política, económica, social e cultural dos Açores, na sua inserção nacional e nos novos contextos internacionais.”
Nesta antologia estão reproduzidos alguns textos dos principais representantes da intelectualidade açoriana, tais como, Manuel Albuquerque, Melo Antunes, Luís Ataíde, Rebelo de Bettencourt, Teófilo Braga, Jorge de Nascimento Cabral, Branco Camacho, José Bruno Carreiro, Agnelo Casimiro, Francisco de Faria e Maia, Jaime Figueiredo, M. Greaves, Gaspar Henriques, Francisco de Lacerda, H. Linhares de Lima, Guerra Maio, Alfredo de Mendonça, Guilherme Morais, Aristides Mota, Luís Ribeiro, Mont’Alverne de Sequeira e Francisco Luís Tavares.
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Notícia |
No passado dia 20 de agosto, foi inaugurada, na sede da Assembleia, a Exposição “54 Páxinas das Nosas Letras”, resultado de uma cooperação institucional entre a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores e o Parlamento da Galiza.
Esta exposição resulta da celebração anual do Dia das Letras Galegas, organizada pelo Parlamento da Galiza em colaboração com a Junta da Galiza e a Real Academia Galega, cujo objetivo é divulgar a obra de personalidades que se destacaram pela sua criação literária em galego ou simplesmente pela defesa da língua galega.
A Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, na sessão de inauguração, salientou que a deslocação aos Açores da exposição “54 Páxinas das Nosas Letras” tem como objetivo “estreitar os laços que unem estas duas regiões europeias, que para além da língua, partilham igualmente o mar e a condição autonómica”, simbolizando a união, por via da língua, entre os Açores e a Galiza.
A exposição apresenta uma coleção pertencente ao Parlamento da Galiza, contendo 54 quadros que representam as caricaturas das personalidades literárias galegas homenageadas, desenhadas pelo ilustrador Siro López e materializadas pelo escultor Ferreiro Badía.
Além da exposição, o Parlamento da Galiza e a Real Academia Galega apresentaram duas edições que refletem a estreita relação entre alguns escritores galegos, representados na exposição, e os ilustres escritores açorianos Antero de Quental e Teófilo Braga.
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Pensamento: (…) “Na Açorianidade ecoam ressonâncias afectivas individuais.
É a condição de viver e sobretudo ser ilhéu dentro e fora do Arquipélago”.
Machado Pires |
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