O Teu Parlamento
Newsletter Nº2 Março 2015
Arte
Nove simbólicos círculos de pedra basáltica sobrepõem-se e suportam a urna de mármore, recetora do voto secreto dos representantes eleitos pelo povo, num equilíbrio simultaneamente robusto e elegante, coeso e delicado.

É a urna que se apresenta à margem da Mesa dirigente dos trabalhos parlamentares na sala onde decorrem as Sessões Plenárias.

O escultor Carlos Dutra é o autor deste original que une antíteses fictícias porque complementares numa estética de grande profundidade alegórica: o preto e o branco, o basalto e o mármore, a fina fragilidade circular e a pujança sólida e dentada da peça esculpida em forma igualmente circular.

A unidade arquipelágica regional, também ela sujeita a densidades diversas, expõe-se nesta urna com uma sumptuosidade discreta, em dualidade cromática vulcânica e de alvura recetiva a todas as tonalidades da terra, do mar e das gentes.
 
Evento

O Concerto Solidário em Santa Maria, no dia 1 de fevereiro, celebrou a ilha e a sua gente, a sua identidade, as suas paisagens, a sua música e os escritores que nela (ilha) encontraram motivos para a honrar com a sua palavra.

Assim, Daniel de Sá, Raul Brandão, Madalena Férin, Maria da Glória Cabral, Padre Serafim Chaves foram os autores presentes nas vozes de Paulo Ramalho, Laurinda Sousa e João Cabral Pampilho.

Projeto Montanha, Nova Geração, Roberto Freitas e Ernesto Bica (Ronda da Madrugada) apresentaram-se com estilos musicais bem diferentes, a que se juntaram ainda alunos da Escolinha da Maré, Inês Cardoso e Joana Baptista e do Atelier de Música Meio Tom, Mário Batista, numa diversidade expressiva da riqueza musical de Santa Maria.

E porque a diversidade cultural, a integração e a intergeracionalidade são conceitos subjacentes a estes Concertos, que já se realizaram com programas diferentes, em cinco ilhas dos Açores, a presença do Centro de Atividades Ocupacionais da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Porto e o seu Grupo de Zumba enriqueceram o Concerto com a sua sensibilidade.

A Presidente da Assembleia estabeleceu, na sua intervenção no Concerto Solidário em Santa Maria, uma analogia entre a ilha de Santa Maria e a Assembleia Legislativa, sendo a ilha a mais antiga dos Açores, “a ilha primordial, aquela que primeiro emergiu do mar e se deu ao mundo”, e a Assembleia Legislativa “uma Casa mãe da Autonomia constitucional que emergiu como o primeiro órgão de governo próprio da Região Autónoma dos Açores em 1976, concretizando sonhos e lutas seculares dos nossos antepassados.”

O Concerto, apresentado por Rui Melo, terminou com um símbolo musical de Santa Maria: “Sol Baixo” - interpretado por todos os participantes.
 
Documento
“Sub Tegmine Fagi Ensaios” é o título mais antigo que consta da Biblioteca da Assembleia Legislativa, edição de 1947, do Instituto Cultural de Ponta Delgada, sendo o seu autor, José de Almeida Pavão Júnior.

A expressão latina sub tegmine fagi significa à sombra da faia, ou se quisermos, numa tradução mais livre sugerida pelos dicionários da Porto Editora, à sombra das árvores. Juntando o subtítulo Ensaios, logo percebemos o tom de prazer campestre que o autor pretendeu imprimir às expetativas do leitor.

O próprio afirma nas palavras de abertura que o “livrinho” (sic) “por um lado, é um produto dos poucos momentos de ócio que restam das labutas diárias, por outro, está ligado ao ambiente escolar, já porque alguns dos trabalhos nele incluídos nasceram do desenvolvimento duma ou outra ideia sugerida nas aulas”.

Sete ensaios literários compõem este documento, elegendo alguns dos nomes sonantes da literatura como Eça de Queirós e Júlio Dinis, bem como da historiografia portuguesa - Gaspar Frutuoso.

Os estudiosos de literatura apreciá-lo-ão. Os curiosos gostarão de ver este exemplar com os sinais próprios da sua idade, disponível na Biblioteca, pronto a ser folheado em memória do professor, escritor, e figura marcante da cultura do seu tempo, José de Almeida Pavão Júnior, que o então Presidente da República, Ramalho Eanes, distinguiu com o grau de comendador da Ordem de Instrução Pública.
 
Notícia
Sessenta e três alunos em representação de trinta escolas do Ensino Básico e setenta e nove alunos de trinta e oito escolas do Ensino Secundário e Profissional foram, por um dia, “deputados”, na sede da Assembleia, na cidade da Horta, debatendo, respetivamente, os temas “Combate ao insucesso escolar” e “Ensino Público e Privado – que desafios?”.

Esta foi a resposta ao apelo da Presidente da Assembleia à participação dos jovens e foi também o mote das suas intervenções de boas-vindas, considerando que esta manifestação de cidadania ficará gravada nas vidas dos participantes e também na vida parlamentar, construindo-se assim a democracia e consolidando-se a sociedade.

A Presidente incentivou os jovens a estudar e participar na vida familiar, escolar e social, acreditando que cada um tem o poder de transformar e o dever de se superar.

O Parlamento dos Jovens reuniu, nos dias 23 e 24 de fevereiro, alunos de todas as ilhas açorianas, numa unidade sem precedentes neste projeto de parceria entre a Assembleia da República, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores e o Governo dos Açores.
 
Pensamento: (…) “O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado ”.
Albert Einstein
 
 
 

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