O Teu Parlamento
Newsletter Nº1 Fevereiro 2015
Arte
Gente da Ilha espreita para os Antípodas

Carlos Carreiro, 1985

   Acrílico sobre tela, 116 x 97cm c/ moldura

A Gente da Ilha – ilha dos Açores, como simbolicamente se refere em Santa Catarina, no Brasil – supera as fronteiras da terra e colhe, num estranho imaginário, apontamentos de Antípodas.

   A projeção de novas iconografias em densidades e diversidades desconcertantes descobrem-se e expõem memórias do que poderia ser o sonho da Atlântida.

   Transversais, cruzados, lineares e sobrepostos, puros e híbridos, estáticos e dinâmicos, os elementos figurativos autodefinem-se em profusão, estabelecendo relações com o irreal, a insularidade e a vida, em espaços redundantes e em tempos desconhecidos.

   Carlos Carreiro é o autor. “A coerência da linguagem, a originalidade das composições, o feérico e intenso cromatismo, assim como o fulgor criativo e imaginativo – escreveu Susana Serpa Silva – dão um cunho muito próprio, quase identitário, à sua obra que por tudo isso, se torna fácil de reconhecer.”

   O reconhecimento é, também, uma homenagem ao autor.

   A obra Gente da Ilha está exposta no átrio da Assembleia Legislativa.
   
Evento
Vem conhecer o teu Parlamento

   O projeto Vem conhecer o teu Parlamento da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, dirigido às Escolas do Ensino Básico e Secundário, promove a aproximação entre a comunidade escolar e a política parlamentar bem como a consciencialização do património material representado no edifício sede do Parlamento.

   O imóvel, que alberga as reuniões plenárias, é simbólico nos seus aspetos arquitetónicos e também na representatividade da união e da diversidade das nove ilhas, na tomada de decisões conjuntas a favor da coletividade.

   Este projeto visa abrir o Parlamento a todas as turmas com aprendizagem de Cidadania, dos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, bem como às turmas de disciplinas equivalentes dos Ensinos Secundário e Profissional, de todas as escolas da ilha do Faial. Estas visitas realizam-se entre os meses janeiro e junho de 2015 e dão a conhecer o edifício sede da Casa da Autonomia bem como as suas funcionalidades.

   Os jovens têm oportunidade de aprender brincando com jogos didáticos especialmente concebidos para o projeto e adequados às diferentes faixas etárias.

   O edifício, projeto do arquiteto Manuel Correia Fernandes, inaugurado em 15 de junho de 1990, foi visitado durante o mês de janeiro por doze escolas.

Documento
Cantos Sagrados

   Cantos Sagrados de Manoel d’ Arriaga foi publicado pela primeira vez em 1899 e reeditado em 2002 pela Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta com o patrocínio da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.

   A faceta inspirada do primeiro Presidente da República está patente nesta publicação que colige poemas escritos ao longo de trinta e dois anos, de índole religiosa, moral e ética, antes de a sua voz ficar “por completo isolada e perdida” como o próprio autor afirma em nota dirigida ao público.

   Manuel de Arriaga revela nos seus versos uma alma inquieta, ansiosa por atingir “o novo Ideal de Justiça” (sic), enquadrado na função social da poesia, que defendia remetendo tal desígnio a todas as belas artes.

   O livro Cantos Sagrados está exposto na Biblioteca da Assembleia Legislativa e é a primeira de uma série de escolhas promotoras de um maior conhecimento do seu acervo bibliográfico.

      
Notícia
Tesouro Regional

   A imagem do Senhor Santo Cristo é tesouro regional, aprovada a classificação na reunião plenária de janeiro do Parlamento dos Açores.

   Cinco peças fazem parte desta classificação: cetro, corda, coroa, relicário e resplendor, designadas como “os cinco dons”. Estas peças acompanham a única saída anual da imagem à rua, por ocasião da procissão solene, e são muito apreciadas no seu valor artístico, estético e religioso, pela comunidade cristã e pelos visitantes que acorrem de todas as ilhas, do continente português e do estrangeiro para as festas.

   O resplendor é uma peça da joelharia portuguesa do século XVIII, em ouro, incrustada de pedras preciosas: diamantes, rubis, esmeraldas, topázios, ametistas e safiras.

   O diploma aprovado fundamenta o “inequívoco valor regional” destas peças recordando o seu “valor especialmente simbólico”. A partir de agora, e embora o tesouro seja propriedade privada da Diocese de Angra, estes bens só poderão sair dos Açores por resolução do Conselho do Governo.

   Este culto, conhecido em todas as ilhas dos Açores, é também celebrado nas comunidades emigradas oriundas dos Açores.

Pensamento: (…) “a dignidade é um estado de espírito mais do que uma afirmação social.”


Daniel de Sá

 

 
 
 

Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores
Copyright © 2015 ALRAA. Todos os direitos reservados.
Remover Subscrição Newsletter