O Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), Luís Garcia, destacou hoje, na Horta, que “a pedagogia para a autoproteção é, hoje, mais essencial do que nunca”, sublinhando a importância de uma resposta articulada e consciente, em que “cada cidadão deve ser parte ativa na prevenção, na resposta e na construção da resiliência coletiva”.

Intervindo na sessão solene comemorativa do 113.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Faial, o Presidente do Parlamento açoriano defendeu que a construção de uma verdadeira cultura de proteção civil não pode ser responsabilidade exclusiva das escolas ou dos serviços de emergência, devendo envolver “autarquias, governo, organizações da sociedade civil, meios de comunicação social e, claro, cada um de nós”.

O recente apagão que afetou Portugal e outros países europeus foi, nas palavras do Presidente Luís Garcia, um momento que mostrou “o quão pouco preparados estamos, individual e coletivamente” e que revelou a fragilidade da nossa rotina diária quando sistemas essenciais falham, destacando que “damos por garantidas tantas coisas — a luz que acendemos com um botão, a rede que nos liga ao mundo, a água quente que jorra da torneira”, tornando este episódio um alerta claro para reforçarmos a prevenção e a resposta a imprevistos, valorizando também o papel essencial dos bombeiros no apoio às populações em momentos de crise.

Devido à realidade geográfica e geológica dos Açores, onde a atividade sísmica é frequente, o Presidente da Assembleia Legislativa sublinha que estas características exigem “uma articulação constante entre poderes e competências” para garantir uma resposta eficaz e coordenada, defendendo que “não é apenas uma questão de eficiência. É uma questão de responsabilidade partilhada”, o que torna a promoção de uma cultura sólida de proteção civil ainda mais premente.

Enaltecendo o trabalho dos Bombeiros Voluntários do Faial, o Presidente Luís Garcia sublinhou que a sua atuação “merece não apenas o nosso reconhecimento, mas sobretudo o nosso compromisso”, referindo-se à garantia de melhores condições de trabalho, formação contínua e meios adequados, reconhecendo assim a importância de manter viva uma cultura de entrega e serviço, que “não se ensina em manuais nem se decreta por portaria”.

Horta, 16 de maio de 2025

(versão p/impressão)