Nota de imprensa da Presidência da ALRAA - Dia da Região 2014 - A importância do papel parlamentar na nossa história foi primordial para a Autonomia que hoje temos e que é uma construção inacabada - defendeu hoje a Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
“Será, assim, a nossa inquietude que nos conduzirá a fazer mais e melhor, porque quanto mais progredimos, mais progresso queremos. Quanto mais comunicações temos ao nosso dispor, mais exigências de competitividade surgem. Quanto mais filhos partem, mais inovação e criatividade teremos de encontrar para criar condições de fixação.
Quanto mais empresas se colocam no mercado, mais incentivos temos de lhes facultar, sempre apelando e valorizando a iniciativa individual e a capacidade de revitalização ou de reconversão das mesmas. Quanto mais dificuldades se desenham no horizonte, mais oportunidades surgirão.Quanto mais desânimos nos atingirem, mais possibilidades de superação encontraremos.”
Ana Luísa Luís falava na Sessão Solene do Dia da Região Autónoma dos Açores, sublinhando que este é um tempo de desafios internos e externos a que temos de dar atenção constante e esforço permanente com vista à coesão social do nosso desenvolvimento.
“O objetivo – salientou a Presidente da Assembleia - terá de visar, continuamente, os mais fragilizados, os mais desfavorecidos, os que mais precisam de ajuda neste tempo histórico em que novos paradigmas se impõem.”
Ana Luísa Luís lembrou o primeiro movimento autonomista do século XIX – a defesa da “livre administração dos Açores pelos açorianos”; o segundo, do início do século XX, do qual herdámos uma consciência identitária e a conceção de um modelo de coesão e solidariedade entre as ilhas; e o terceiro, decorrente do 25 de abril, que uniu os ideais do primeiro e segundo movimentos e aprofundou a Autonomia, que deve ter nesta e nas gerações vindouras “uma defesa intransigente”.
A Presidente destacou que às instituições políticas compete igualmente a defesa “do nosso saber e das nossas vivências.
Respeitando princípios inalienáveis e fazendo-os respeitar, tanto no estrito cumprimento da lei quanto no bom senso, tanto na razão quanto no sentimento. É este o nosso património e é ele que vamos defender no presente e no futuro tal como os nossos antecessores fizeram no passado.”
Ana Luísa Luís não tem dúvidas de que o caminho é a aproximação aos cidadãos, é dar respostas ao aprofundamento da democracia, é mostrar que só o exercício da cidadania legitima a atividade política e que sobre cada um pende essa responsabilidade.
“Às mulheres e homens da nossa terra compete trilhar esse caminho dando conta da sua vontade aos partidos e aos políticos; aos políticos compete estar ao lado do cidadão num exercício de proximidade.”
A Presidente entende que este terá de ser também o caminho a trilhar pelos jovens e exorta a juventude a retomar o legado autonomista, a abraçar a esperança e a fazer da vida um projeto inovador, tornando real o que pode parecer um sonho, e que será o mote para “uma nova forma de ser açoriano”.